O impacto da cultura e tecnologia na execução
A série Execução na Era Pós-Digital se propôs a responder como aumentar as chances de sucesso nos dinâmicos dias atuais. No primeiro post ficou claro que precisamos aproximar as estratégias ao mundo real e transformar objetivos organizacionais em ações práticas. A execução baseada em Regras Simples foi a solução adotada por uma série de iniciativas que ilustraram o texto.
A adaptação foi o tema central do segundo post. Utilizando conceitos da Evolução Natural das Espécies, tentamos nos apoiar em Darwin para transformar nossas organizações em Máquinas de Sobrevivência, que possuem maior longevidade, fecundidade e fidelidade. Já, no texto anterior, o foco foi o aprendizado. Para prosperar, precisamos entender rapidamente o que funciona e diminuir as incertezas, por isso, discutimos algumas ferramentas de Experimentação.
Hoje, vamos fechar essa série buscando mais informações sobre dois pontos que influenciam diretamente a execução e definem os vencedores da Era Pós-Digital: A Cultura e a Tecnologia.
Cultura
Já discutimos a importância da cultura para um grupo e como difundi-la por toda a organização utilizando memes. Porém, a Era Pós-Digital nos traz desafios adicionais, quando observamos os três textos da nossa série, percebemos, facilmente, que todos eles falam diretamente de um mindset coletivo. A adoção de uma cultura de execução, adaptação rápida e aprendizado contínuo pode ser considerada a tríade de sucesso na era pós-digital. Mas como fazer isso?
O propósito define a cultura
O primeiro passo é entender porque a sua empresa existe. Dessa forma, o propósito aparece, mais uma vez, como indicador essencial para a prosperidade. Aquilo que deixa o fundador de uma empresa entusiasmado e totalmente apaixonado pelo problema que pretende abordar, é o que vai influenciar a cultura de uma empresa em seus primeiros anos.
“No futuro, a maior parte daquilo que a história entenderá como ‘a cultura da sua empresa’ não terá sido propositalmente inserido no sistema, mas evoluído de modo natural ao longo do tempo, a partir do seu comportamento e do comportamento dos seus primeiros funcionários”
Ben Horowitz
Lembre-se que propósito não é uma decisão de negócios. Encontrar sua paixão é uma jornada pessoal, mesmo que contenha potencial de influenciar toda uma organização. Como Travis Kalanick, CEO da Uber disse: “Você precisa ser autoconsciente e procurar uma ideia de propósito que se ajuste perfeitamente a você – como pessoa, não como empresário“. O fundador da Dropbox, que serviu de exemplo em nosso último post, tem uma visão parecida:
“As pessoas mais bem-sucedidas são obcecadas em solucionar um problema importante, algo que lhes interessa. Elas me fazem lembrar um cão que persegue uma bola de tênis. Para aumentar suas próprias chances de felicidade e sucesso, você deve encontrar sua bola de tênis – algo que para você é irresistível”
Drew Houston
Concluímos assim, que a motivação do lucro ou uma grande ideia não são suficientes para uma empresa ter sucesso na Era Pós-Digital. É a paixão obsessiva para resolver um problema complexo que mantém um empreendedor na montanha russa do entusiamo e desespero.
“O Vale do Silício está repleto de carcaças de empresas, com grandes tecnologias, em busca de um problema para resolver. Em um lugar como esse, todo mundo tem uma ideia para um novo negócio. A chave do sucesso é a execução implacável, daí a necessidade da paixão e propósito.”
Salim Ismail
Segundo Ben Horowitz, à medida em que a empresa cresce, a cultura pode lhe ajudar a preservar os seus valores fundamentais e ter melhor desempenho no futuro. No entanto, “depois que você e seu pessoal cumprirem a tarefa cruciante e desumana de construir uma empresa de sucesso, seria uma grande tragédia se a cultura de sua empresa fosse tão ruim que nem você quisesse trabalhar nela“.
A liderança mantém a cultura
Contratar profissionais que compartilhem do mesmo interesse e paixão é, sem dúvida, uma das maneiras mais efetivas de se formar uma equipe de alto desempenho e manter uma cultura de execução a longo prazo. Mas, contratação por si só, não resolve, você também deve ser capaz de manter as pessoas certas no time e se livrar das erradas. Para isso, devemos, inicialmente, aprender a monitorar, gerenciar e recompensar o desempenho de forma eficaz.
Para Ram Charam, a premissa básica é simples: “a mudança cultural torna-se real quando seu objetivo é a execução“. Para usar esse modelo, você não precisa de uma teoria muito complexa ou de pesquisa com os funcionários. O que precisa é mudar o direcionamento das pessoas, de modo que elas produzam os resultados e comportamentos que você espera:
“Primeiramente, você diz para as pessoas claramente quais resultados quer. Então, discute de que forma obter esses resultados como um elemento-chave do processo de orientação. Em seguida, você recompensa as pessoas por terem produzido os resultados. Se eles forem aquém do que você esperava, você dá mais orientação, retira os incentivos, dá as pessoas outras tarefas ou as despede. Quando você faz essas coisas, cria uma cultura de execução“
Ram Charam
Salim Ismail afirma que a cultura é o maior ativo intangível de uma empresa, a cola que mantém uma equipe unida; e a liderança tem papel crucial nessa tarefa. O escritor Patrick Lencioni defende que a melhor maneira de entender a cultura de uma empresa é “observar a equipe de liderança durante uma reunião. A interação entre os membros é um barômetro preciso para medir a dinâmica da equipe, clareza, determinação e vieses cognitivos”.
O post Liderança na Era Pós-Digital traz informações mais precisas do papel dos líderes nessa transformação cultural.
A cultura define a inovação
Falar em execução na Era Pós-Digital, sem considerar a inovação, seria loucura, afinal, inovar sem “ação” não é possível. Já abordamos os Inibidores da Inovação em outra ocasião, assim como conceito, métodos e ferramentas. Hoje, vamos apenas exemplificar como a capacidade de inovação pode ser diretamente definida pela cultura de uma empresa.
Alguns memes bem conhecidos são exemplos de ações que foram efetivas em influenciar a cultura empresarial. Mark Zuckerberg acredita que não há inovação sem grande risco. Assim, nos primeiros dias do Facebook, ele adotou o lema: “Corra e quebre alguma coisa”.
Uma mensagem como essa obriga todos a parar para pensar e, quando pensam, percebem que, quando corremos para inovar, é natural quebrarmos alguma coisa ao longo do caminho.“Se você prefere a perfeição à inovação, não há lugar para você no Facebook.” (Ben Horowitz).
Não é necessário discorrer sobre o quão eficaz foi a mensagem de Zuckerberg. A Amazon traz outro ótimo exemplo, ilustrado no livro Organizações Exponenciais: Uma das mais intrigantes inovações organizacionais criadas pela empresa é o que o CEO Jeff Bezos chama de “O Sim Institucional”.
Eis como funciona: Se um subordinado apresentar uma grande ideia a um diretor na Amazon, a resposta padrão deve ser “sim”. Se o diretor disser “não”, ele será obrigado a escrever uma tese de duas páginas explicando porque a ideia não é boa. Em outras palavras, a Amazon aumentou o atrito envolvido na resposta negativa, resultando em mais ideias sendo testadas e consequentemente implantadas, em toda a empresa.
Bezos também evita o “agorismo“. Considera os novos produtos como se fossem mudas que necessitam de cuidado especial por um período de cinco a sete anos, prioriza obsessivamente o crescimento sobre os lucros e ignora a visão de curto prazo dos analistas de mercado e da concorrência.
“Se você ficar focado no concorrente, você terá que esperar até que haja um concorrente fazendo alguma coisa. Ser focado no cliente permite que você seja pioneiro”
Jeff Bezos
Tecnologia
A tecnologia é outro aspecto que afeta diretamente a capacidade de execução das empresas. Em todos os setores, o ciclo de desenvolvimento de produtos e serviços está se tornando cada vez mais curto. Dessa forma, a explosão mercadológica se torna inevitável. Salim Ismail apresenta dois exemplos do impacto dessa evolução:
- Em 1995, 710 milhões de rolos de filme foram revelados em milhares de centros de processamento. Já em 2005, cerca de 200 bilhões de fotografias digitais foram tiradas, editadas, armazenadas e exibidas de maneiras inimagináveis há apenas alguns anos. Hoje, os usuários da internet carregam o impressionante número de cerca de um bilhão de fotos por dia em sites como o Snapchat, Facebook e Instagram.
Em 1995 seria difícil prever tamanho avanço, empresas como a Kodak, por exemplo, não conseguiram. Mas o impacto da evolução exponencial da tecnologia não se restringe apenas ao que acontece em seu próprio setor. As industrias que antes eram consideradas imunes à tecnologias já estão sendo afetadas, é o caso do nosso segundo exemplo: os lava rápidos de Buenos Aires, que viram sua receita cair 50% em 2013:
- Considerando o crescimento da classe média na Argentina, o aumento constante nas vendas de carros de luxo e uma população que tem orgulho de exibir carros limpos, a queda na receita não fazia sentido. Santiago Bilinkis, um empresário argentino de renome, passou três meses pesquisando a situação. Depois de eliminar muitas possibilidades, ele encontrou a resposta: graças ao aumento de dados e ao poder de computação, as previsões dos meteorologistas ficaram 50% mais precisas durante o período. Quando sabem que vai chover, os motoristas deixam de lavar o carro, o que resulta em um número menor de visitas.
O que conseguimos concluir com esses exemplos, é que devemos participar ativamente dessa evolução. Entender o contexto, ficar de olhos bem abertos para as novidades de todos os setores e nunca (jamais) subestimar o poder de evolução da tecnologia.
Vamos observar, a partir de agora, alguns dos grandes impactos do avanço da tecnologia na Era Pós-Digital, para que consigamos adaptar nossas estratégias e garantir sua execução.
Democratização
Como falamos no post Cauda Longa, a internet gerou impactos definitivos no mercado, permitindo que algumas pessoas em uma garagem pudessem desafiar corporações centenárias. Segundo Chris Anderson, existem três forças principais da internet:
A primeira é a democratização das ferramentas de produção. O computador pessoal colocou todas as ferramentas de produção de conteúdo nas mãos de todos, fazendo com que milhões de pessoas possuam a mesma capacidade de produção que grandes players do mercado.
A democratização das ferramentas de distribuição é a segunda força. A internet e as redes sociais fazem com que a distribuição de conteúdo seja atividade rotineira e transformam a reputação em uma moeda da economia digital.
Ferramentas de buscas, fóruns e blogues permitem que consumidores encontrem seus interesses com grande facilidade. Essa capacidade de filtrar e aproximar preferências é a terceira força, conhecida como a ligação entre oferta e demanda.
“A democratização das ferramentas de produção está promovendo enorme aumento na quantidade de produtores. A economia digital hipereficiente está gerando novos mercados. E, finalmente, a capacidade de explorar a inteligência dispersa de milhões de consumidores está determinando o surgimento de novos formadores de preferência.”
Chris Anderson
Efeito de Rede
O aumento na quantidade de produtores, o surgimento de novos mercados e os novos formadores de preferências, citados acima, resultam em um novo fenômeno econômico, conhecido como efeito de rede.
Como vimos no post sobre a O fim das teorias de administração, a era industrial foi marcada pela busca de eficiência. Na ocasião, a economia de escala era o principal diferencial competitivo de grandes empresas, que reduziam o custo unitário de criação de um produto ou serviço conforme o volume produzido. Quanto maior a empresa, mais baixos os custos de produção, marketing e distribuição – uma espiral positiva que ajudou algumas companhias a crescerem continuamente e a serem mais lucrativas do que qualquer outra.
Já na Era Pós-Digital, monopólios comparáveis continuam sendo criados, porém, a economia em escala do século passado, baseada no fornecimento, dá lugar à outra metade da equação do lucro, que tira proveito dos avanços tecnológicos: a “economia de escala do lado da demanda“. Termo explorado por Geoffrey G. Parker, Marshall Alstyne e Sangeet Choudary, no livro “Plataforma”.
Medidas como a disseminação das redes sociais, o aumento da demanda agregada, o desenvolvimento de aplicativos e outros fenômenos que criam mais valor para os usuários, são fatores que impulsionam as novas economias de escala e podem proporcionar às empresas de plataforma um efeito de rede extremamente vantajoso.
“Os efeitos de rede se referem ao impacto exercido pela comunidade de usuários de uma plataforma sobre o valor criado para cada um deles individualmente. As economias de escala do lado da demanda são a fonte fundamental dos efeitos de rede, e, portanto, as principais molas propulsoras do valor econômico no mundo atual.”
Parker, Alstyne e Choudary
Empresas como o Airbnb, Uber, Dropbox, Google e Facebook não têm seu valor atribuído pela estrutura de custos (o capital que empregam, o maquinário que operam ou os recursos que comandam). Todas são valiosas por causa da comunidade que participa de suas plataformas.
O Instagram não foi vendido por US$ 1 bilhão por causa de seus treze funcionários. O WhatsApp não foi vendido em razão de algum ativo imobilizado. Em ambos os casos, as razões foram as mesmas: os efeitos de rede que as organizações tinham criado.”
Parker, Alstyne e Choudary
Mais Algoritmo, menos viés
A Inteligência Artificial e o Machine Learning irão gerar grandes mudanças na maneira como conduzimos nosso trabalho. Da mesma forma que hoje não podemos mais lidar com as complexidades do controle de tráfego aéreo ou com a gestão das cadeias de suprimentos sem os algoritmos, quase todas as ideias e decisões de negócios do futuro serão baseadas em dados.
De acordo com Salim Ismail, a maioria das empresas hoje em dia ainda é conduzida quase que exclusivamente com base nas suposições intuitivas de seus líderes. Neil Jacobstein, um especialista em Inteligência Artificial, observa que usaremos cada vez mais a IA e algoritmos para mitigar e compensar muitas das seguintes heurísticas na cognição humana:
- Viés de ancoragem: a tendência a confiar demais ou de se “ancorar” a uma característica ou uma parte da informação na tomada de decisões;
- Viés de disponibilidade: a tendência a superestimar a probabilidade de eventos com maior “disponibilidade” na memória e que pode ser influenciada por quão recentes são as memórias ou o quanto elas são incomuns ou emocionalmente carregadas;
- Viés da confirmação: a tendência a procurar, interpretar, focar e lembrar-se de informações de tal forma que confirmem suas próprias ideias preconcebidas;
- Viés da apresentação: tirar conclusões diferentes a partir da mesma informação, dependendo de como e por quem a informação é apresentada.
- Viés de otimismo: a tendência a ser demasiado otimista, superestimando os resultados favoráveis e agradáveis.
- Viés da falácia do planejamento: a tendência a superestimar os benefícios e a subestimar os custos e tempo de conclusão de tarefas;
- Viés de custos irrecuperáveis ou aversão a perda: a inutilidade de desistir de um objeto é maior do que a utilidade associada ao adquiri-lo.
O profissional da Era Pós-Digital terá um grande aliado ao utilizar sabiamente os dados e algoritmos, eliminando a interferência de algum eventual viés cognitivo, porém, sua capacidade de execução poderá se tornar obsoleta se não souber se adaptar.
Tecnologias inovadoras
Os autores do livro Organizações Exponenciais, junto ao corpo docente da Singularity University, apresentaram uma amostra das implicações das principais tecnologias e algumas metatendências que impulsionarão a mudança nos próximos anos:
Sensores e Internet das coisas: Veremos um salto de oito bilhões de dispositivos conectados à internet hoje para 50 bilhões em 2020. Tudo terá sensores embutidos – itens vestíveis, encomendas e até mesmo alimentos, novos modelos de negócios baseados em produtos conectados surgirão.
Conhecimento perfeito: Com a internet das coisas e sensores ilimitados, os usuários serão capazes de saber tudo o que quiserem, em qualquer lugar e a qualquer momento.
Inteligência Artificial: Algoritmos orientando cada vez mais as decisões de negócios; IAs substituindo uma grande percentagem de trabalhadores; IA procurando padrões em dados organizacionais; algoritmos incorporados a produtos.
Realidade virtual/aumentada: RV de alta qualidade disponível em computadores pessoais em 2-3 anos. Visão remota; especialistas em uma localização central atendendo mais áreas; novas áreas de atuação; medicina remota.
Mundos virtuais: Estamos muito próximos da realidade virtual perfeita, e ela transformará o varejo, o transporte, o ambiente de trabalho e as habitações.
Bitcoin e Blockchain: Transações seguras de baixíssimo custo, possibilitadas por livros-razão distribuídos, que registram todas as transações. O blockchain torna-se um mecanismo de confiança; maioria das funções de validação de terceiros torna-se automatizada. Micro-operações e novos sistemas de pagamento tornam-se onipresentes.
Disrupção dos sistemas de pagamento: Os sistemas de pagamento e transferência de dinheiro não mudaram durante décadas, mas o setor está pronto para uma grande transformação. Uma delas será por meio de mobile/social wallets. A segunda será por meio de micropagamentos, a capacidade de realizar transações de quantidades infinitesimais apoiará totalmente os novos modelos de negócios.
Neurofeedback: A utilização de ciclos de feedback para colocar o cérebro em um nível elevado de precisão. Capacidade de testar e implantar novas classes de aplicações; apps de criatividade de grupo; flow hacking (induzir um estado mental elevado); recursos terapêuticos, redução do estresse e melhoria do sono.
Impressão 3D: A impressão 3D (e logo 4D) não mudará radicalmente a produção em massa, mas permitirá que uma classe totalmente nova de produtos substitua a fabricação tradicional. A produção industrial será revitalizada com a reversão das recentes tendências de offshoring.
Veículos autônomos: Começando com os veículos de entrega e, em seguida, os táxis. As previsões indicam que a capacidade viária existente deva aumentar de oito a dez vezes, assim que a massa crítica de veículos autônomos for atingida.
“Note que a maioria dessas tecnologias e tendências eram desconhecidas há uma década e todas eram inexistentes há 30 anos. Sem dúvida, um número crescente de tecnologias e tendências ainda desconhecidas deverá surgir nos próximos cinco anos, à medida que as convergências e pontos de interseção criem um ritmo de mudanças cada vez mais rápido“
Salim Ismail
Para finalizar
No início da série Execução na Era Pós-Digital, comentamos algumas interferências criadas pela complexidade e incerteza de nossa época:
- Nossa capacidade de planejamento se tornou limitada;
- Reagir a mudanças é insuficiente;
- Teorias de Administração ou estratégias tradicionais oferecem soluções incompletas.
As Regras Simples, a Adaptação e a Experimentação são abordagens que podem nos auxiliar a tornar essas interferências irrelevantes. Porém, elas só funcionam se formos capazes de administrar as forças internas e externas, que hoje foram resumidas como cultura e tecnologia:
Definir uma cultura baseada em um propósito transformador, manter uma liderança capaz de espalhar essa cultura e criar um ambiente favorável à inovação são os alicerces que vão manter a estrutura interna de uma empresa e seus integrantes prontos para a execução.
No ambiente externo, precisamos acompanhar diligentemente os avanços tecnológicos. Se você estiver em posição de ser o protagonista desse avanço, melhor ainda. Mas o fato é que com a democratização da internet e o efeito de rede, a disrupção pode aparecer nos contextos menos prováveis.
Na Era Pós-Digital, os mais fortes candidatos ao sucesso total serão aqueles que souberem aproveitar melhor o poder dos algoritmos e demais tecnologias inovadoras, que resultarão no surgimento de novos modelos de negócios e na extinção de modelos antigos.
Referências: A Cauda Longa, Chris Anderson, 2006. Organizações Exponenciais, Salim Ismail, 2014. O Lado Difícil de Situações Difíceis, Ben Horowitz, 2014. Execução, Ram Charam e Larry Bossidy, 2010. Plataforma – a Revolução da Estratégia, Geoffrey G. Parker, Marshall Alstyne e Sangeet Choudary, 2016.