Um futuro em que teorias do passado não estarão presentes
“Teoria é um conjunto deafirmações ou regras feitas para enquadrar alguma parte do mundo real. As Teorias da Administração são conhecimentos organizados, produzidos pela experiência prática das organizações“.
Antonio Maximiano
O ser humano tem o hábito de tentar explicar o mundo por meio de teorias unificadoras e na administração não poderia ser diferente. Nos cursos relacionados, aprendemos sobre os grandes pensadores e como suas metodologias de gestão moldaram o cenário empresarial no século passado e ainda servem de referência para muitas organizações. Mas, no ambiente disruptivo em que vivemos hoje, seguir um “conjunto de afirmações“, “regras” ou “conhecimentos organizados” ainda faz algum sentido?
Metodologias da Inovação – Outras ferramentas para gerar ideias e insights
Já discutimos que a Criatividade é uma das habilidades mais importantes para os próximos anos. Afinal, em um mundo que não para de mudar, pouco adianta pensarmos com a lógica de ontem. Já concluímos também, que a inovação é uma Ciência, que carece de método e prática e não tem muito espaço para ideias aleatórias, que explodem na cabeça de entusiasmados, porém desfocados colaboradores. Para termos os insights certos, precisamos aliar Criatividade e Ciência, por meio de processos que permitam que as ideias fluam em uma única direção.
Além da Empatia, proposta pelo Design Thinking, a Matriz de Avaliação de Valor, contida na Estratégia do Oceano Azul, a Metodologia 7C, comentada no post Small Data e as 9 Regras da Cauda Longa, vamos acrescentar novas ferramentas de criação de insights, para encerrarmos a série Inovação na Prática:
Metodologias da Inovação – A Cauda Longa e o Mercado de Nichos
O conceito de Cauda Longa é, para mim, o que melhor define a dinâmica da economia digital. Por isso, não poderíamos deixar de citá-lo nessa série de posts sobre Inovação na Prática. O termo foi cunhado por Chris Anderson, editor chefe da revista Wired, que, com a ajuda de alunos e professores das escolas de negócios de Stanford, MIT e Havard, realizou um extenso projeto de pesquisa para entender os efeitos do avanço tecnológico no mercado.
“Uma citação muito conhecida nos diz que, se quisermos entender como os animais vivem, não devemos ir ao zoológico, mas à selva. É isso o que eu faço. Em quase todas as situações, após fazer uma pesquisa, por meio de um processo detalhado, que envolve visitar os consumidores em suas casa, recolher small data, e destrinchá-los com observações e insights que recolho ao redor do mundo, surge um momento em que descubro um desejo não percebido, algo que gera a base de uma nova marca, de um produto ou negócio inovador”.
O texto acima é de Martin Lindstrom, escritor e consultor que desenvolveu a interessante técnica de recolher pequenas pistas no cotidiano das pessoas, que podem resultar em importantes (e milionárias) inovações.
Metodologias da Inovação – A estratégia do Oceano Azul
Pare para pensar por um instante no Cirque du Soleil. Agora, tente dizer quais são os seus concorrentes. A primeira alternativa que vem em mente são os circos tradicionais, depois pensamos nos teatros, shows ou eventos urbanos. Mas é fácil perceber que trata-se de um conceito diferente, um espetáculo com valor agregado muito maior. Essa alternativa de entretenimento, criada por dois artistas de rua do Canadá, na verdade, tornou a concorrência irrelevante. Guy Laliberté e Daniel Gauthier encontraram um Oceano Azul.
Metodologias de Inovação – Design Thinking e a Empatia
Em 2009, Dev Patnaik, fundador e diretor de uma empresa de consultoria em inovação dos Estados Unidos, recebeu o pedido de um de seus editores para escrever um livro sobre inovação. Em vez de aceitar prontamente, decidiu fazer uma contraoferta. Segundo ele, já havia livros e artigos demais sobre o tema e o que o mundo precisava naquele momento era discutir sobre empatia.
No post Ciência da Inovação discutimos que um processo bem definido é essencial para transformar ideias em realidade. Toda ciência tem seus métodos para isso e quando falamos de inovação, não é diferente. Já apresentamos uma proposta para a solução de problemas e inovação, baseada em conceitos científicos, que batizamos de MAC. No entanto, ainda existem muitas outras metodologias a serem exploradas. É isso que vamos discutir na série de posts: Inovação na Prática. O primeiro deles é sobre Design Thinking.
O que muda de verdade quando iniciamos a carreira executiva
Alguns anos atrás, estipulei uma meta: iniciar a carreira executiva antes dos 30. O que poderia ser apenas um mero desafio pessoal, me ajudou a manter o foco para conseguir atingir esse objetivo. Essa transição mudou completamente meu trabalho, muito mais do que eu esperava. Há um ano, comentei alguns aspectos básicos que julgo importantes para a gestão de carreira. Hoje vamos falar sobre as principais mudanças da função executiva. Antes, vale um aviso: esse não é um conto de fadas.
Algumas semanas atrás, estava comprando o pãozinho de todo dia na padaria do meu bairro, quando ouvi duas jovens, na faixa de seus 20 anos, reclamando em alto e bom som de seu trabalho, infelizmente, uma cena típica em qualquer lugar. Em dado momento, o foco das reclamações passou a ser a sua gerente e uma frase me marcou: “…ela tem que entender que existe uma diferença entre chefe e líder. Ela não sabe como ser líder!”
Isso me deixou com uma grande inquietação: seria a definição de boa liderança apenas uma questão de perspectiva? Afinal, aquelas jovens certamente não estavam avaliando a capacidade de seu chefe de gerar resultados para a empresa, baseado em estudos ou reflexões apuradas, mas sim, julgando, exclusivamente, a sua capacidade de fazê-las felizes, ou algo assim.
Os Axiomas de Zurique – conselhos dos banqueiros suíços para orientar seus projetos
Por volta dos meus 20 anos, decidi começar a investir na bolsa de valores. Todos aqueles números me fascinavam e a possibilidade de ter ganhos financeiros com algo tão dinâmico me fizeram entrar de cabeça no mundo dos investimentos. Claro que na época o dinheiro era curto e meus investimentos muito tímidos, mas fiz alguns cursos e li muitos artigos e livros sobre o tema. Um dos mais importantes, certamente, foi Axiomas de Zurique de Max Gunther.
O que motiva os chefes agressivos e como erradicar esse comportamento
“Não importa o quão forte você bate, mas o quanto você aguenta apanhar e continuar lutando“. Essa frase poderia ter sido escrita por um grande filósofo ou professor, mas é na verdade de um famoso personagem da ficção: Rocky Balboa, o boxeador mais azarado dos cinemas. Ele trouxe esse, que para mim, é um dos maiores insights dos últimos tempos e nos ensina como lidar com as mazelas da vida corporativa.
Sempre trabalhei com vendas e por todos os cargos que passei, sempre recebi uma grande carga de informação sobre técnicas de negociação. Acontece que sempre tive uma certa aversão a esse conceito, afinal, me parecia que se alguma técnica de convencimento fosse necessária, o foco teria deixado de ser a melhor soluçãopossível para ambos e passaria a ser obter a maior vantagem possível para mim.
Available Data – uma estratégia de Pesquisa de Mercado rápida, eficiente e sem custos para testar sua ideia
“Já sei, vamos abrir um bar!”. Não é só no seriado How I Met Your Mother que esse tipo de assunto surge nas rodas de amigos, a vontade de iniciar um novo projeto é exteriorizada por meio de empolgantes ideias que norteiam boa parte das conversas de happy hour. O grande problema é que o ímpeto inovador que tomou conta desses desbravadores acaba indo embora junto com a ressaca dos próximos dias. Afinal, realizar uma pesquisa de mercado para levantar informações e “testar” o potencial da ideia parece algo complicado, demorado ou caro demais para um despretensioso primeiro passo.
A pesquisa de campo e a observação como principais ferramentas do Diagnóstico Empresarial
Não adianta, as respostas estão aonde as coisas acontecem! E isso serve para os grandes executivos, gerentes de produtos, consultores de projetos, analistas de marketing, profissionais de inovação, supervisores de vendas, empreendedores e todo e qualquer interessado no sucesso de uma operação, não apenas para o pessoal da ponta.
Em momentos de recessão econômica como a que vivemos hoje, é natural que busquemos a famosa solução de fazer mais com menos. Buscamos reduzir nossos gastos sem impactar os resultados, ou melhor, fazer com que sejam ainda mais rentáveis. Existem muitas histórias de ações que trouxeram essa eficiência para os mais diversos setores: logística, vendas, atendimento, marketing, etc. No entanto, não é sempre que essa eficiência vai se sustentar por muito tempo.